quinta-feira, novembro 24

Roupa em greve

Faz hoje precisamente 1 ano que Portugal também paralisou com greve geral. A única coisa que parece ter mudado foi a liderança do país. Os problemas são os mesmos e agravaram-se no último ano à medida que o país foi perdendo terreno nos mercados internacionais e o resgate financeiro mais dispendioso da história.

Hoje reivindica-se cortes salariais e subsídios da função pública, plano estratégico dos transportes, IVA, pensões, por aí em diante...
Entretanto o estado vai arrecadar uns milhões e a economia vai perder uns quantos milhões, coisa pouca...

Notas soltas:
- Piquetes de greve, mais uma vez, vão desestabilizar não respeitando os direitos e decisão dos trabalhadores;
- UGT e CGTP estão a precisar de nova liderança, desde miúda que vejo as mesmas caras e as mesmas decisões, muito pouco mudou!;

O governo já deu a entender que daqui a 2 anos os subsídios de Férias e Natal vão deixar de existir, as medidas de austeridade vão ser cada vez mais. Ninguém alertou as famílias para o facto de o BCE prever uma aumento da taxa euribor nos próximos 4 anos até 4 pontos percentuais. A cereja no topo do bolo, falência técnica do estado português.

O que é que se vai ganhar com esta greve? Amanhã o país vai acordar com retoma da economia?

Nunca fiz greve e optei pelo título "roupa em greve" porque, literalmente, hoje a minha roupa fez greve e o roupeiro só me deu acesso a roupa casual :P 


O meu dia de trabalho vai ser bastante produtivo.

3 comentários:

Pioio disse...

Por acaso o meu também foi bastante produtivo.

Sendo responsável por uma PME que luta por manter os postos de trabalho das pessoas que lá trabalham,greve é a última coisa que nos passa pela cabeça. Facturar é a palavra de ordem e felizmente foi um dia de muita mercadoria expedida...

A situação não está para brincadeiras e não nos podemos arriscar a perder vendas..

Xu disse...

@ Pioio
Compreendo-te muito bem. Neste caso responsável por PME não por venda de mercadoria, mas por expedição. Conseguimos tratar de tudo na quarta, uma vez que a alfândega também iria ter serviços mínimos e ironicamente foi o dia em que funcionou melhor. Infelizmente a maior parte dos clientes vão ter custos adicinais pela paralização nos Aeroportos e Portos.
Ao fim ao cabo são as PME's que vão alavancar a ecomonia, não são os piquetes de greve, boys da CGTP e da UGT que vão contribuir. Resultado do dia de ontem: as medidas de austeridade são para manter.

Nikkita disse...

Por muito que compreenda os motivos que levaram à maioria dos trabalhadores a aderir à greve, não concordo com ela. E não concordo pois a realidade é só uma (como já referiste): As medidas de austeridade vieram para ficar, a greve não vai mudar isso.